Cruzeiro da Páscoa aTróia

pelo nosso associado JA

1º Dia 01/04/10
Compareceram à largada os associados EG, HS, LL , JA e os seus convidados num total de sete tripulantes. Depois de reabastecermos o Wilma, zarpámos rumo a Troia. Eram 10H15m quando deixámos pela popa a Marina de Oeiras. Saíamos a barra e, logo ali fomos surpreendidos por uma formação bem cerrada, de cinco caças, que vindos de norte cruzaram o nosso rumo R180 para não mais os voltarmos a ver. Avistámos então, pelo nosso través o porta-aviões francês, que estava fundeado junto aos silos da Trafaria.
O vento era fraco de 11 nós dos quadrantes de W-NW , a sonda marcava 9 metros ao fundo e o SOG 5.5. Dobrado o Cabo Espichel o vento caiu totalmente, enrolámos a genoa e, lá fomos com a ajuda dos nossos 50 cv. disfrutando da paisagem. Passámos Sesimbra e logo tomámos o enfiamento da barra de Setubal a R040’ entre a Ponta dos Lagosteiros, o Farol da Doca de Pesca e o Farol da Azeda lá no alto, em Setubal. O canal está balizado a bombordo confluindo com a zona de reserva e batemos fundos a partir de 8.5 metros.
Passámos o Outão a Secil e depois de cruzar a baliza de João Farto, rumámos à Ponta do Adoxe, onde está instalada a Marina de Troia, deixando à nossa popa a Doca de Pescadores. Estabelecido o contacto pelas 16H15m, lá estavam as ajudas no pontão, cais E41, para atracar de popa. Perfeito e à primeira mas, logo tivemos que mudar de cais, porque
a energia de cais não funcionava. Despedimo-nos do nosso associado EG, que regressava desde logo a L
isboa. Ficámos então, no cais C11 e feita a ronda de terra logo verificámos pouca disponibilidade de restaurantes, para lá dos hotéis. Optámos pela casa da praia, onde passámos todos os seis bons momentos.

2º Dia 02/04/10
O programa permitia a participação em regata, para o regional mas, nós optámos por fazer um dia de navegação livre no rio Sado. Largámos o cais por volta das 11H00 e fizemos navegação à vela durante o dia , estando o vento entre 12 -18 nós, o que nos permitiu uma bela passeata até à região da Lisnave. O rio oferece um plano de água com dois canais o canal norte, junto à margem e o canal sul, mais ao meio do estuário. A meio do estuário os baixios da Escama de Ferro, da Carraca, da Cabecinha ou do Campanário, devem ser observados e respeitados. Estando a maré a encher até às 15H00, só batemos menos de 3m na ponta do Campanário, onde se situa uma boía vermelha para marcar a rota dos ferrys e que no seu lado norte deve ser observada a sonda, com atenção. Aproveitámos para manobras de exercício como colocar o Wilma ao vento a pairar e aquartelar por viragem de bordo.

3º Dia 03/04/10
Organizado pela Camâra de Grandola, fomos ao Lousal, lugar mineiro mas desactivado desde 1986, no extremo sul do concelho, que pela seu passado histórico e actual reaproveitamento por parte do projecto Ciência Viva, aconselhamos todos os associados a ver de perto, almoçando no Armazem Central ou pernoitando na sua Albergaria. A história sócio-económica do Lousal, está intimamente ligada à industria mineira e agro-industrial da Sapec em Portugal. Tal como Neves Corvo e Aljustrel, insere-se numa faixa mineralifera que se estende até Sevilha, na plataforma continetal. Actualmente a tecnologia mineira e a sua mais valia estão do lado de lá, em Espanha.. O dia estava frio e com períodos de chuva e trovoadas, ameaçando o regresso para o dia seguinte.
O Jantar ponto alto deste cruzeiro, decorreu como no ano anterior, num hotel. A ANC e o CNS fizeram entrega de prémios aos vencedores do torneio e a Marina de Tróia associou-se ao evento sorteando estadias, amarrações de fim de semana e 18 magníficos buracos no Golf de Troia a que o nosso amigo Trinity não irá desperdiçar uma boa tacada, certamente.

4º Dia 4/04/10 Domingo de Páscoa.
O dia amanheceu com céu limpo, nada parecido com o anterior. O vento soprava nos 20knts, vinha de nordeste e ia dar uma boa ajuda até ao cabo. A previsão falava de onda de 3m com período de 20s a vir de noroeste.
Cumpridas as últimas formalidades, zarpámos pelas 10H00, içámos todo o pano e lá fomos pelo canal, agora no regresso, ao largo até ao Espichel. Contrariando as refregas, disparávamos, chegando a fazer 8.6 knts. À passagem pelo Outão, ouviamos no rádio, de quem ia mais à frente, as condições no Cabo. E, assim nos mantivemos R260 dando 1.5 milhas de folga para rondar o Espichel. Apontámos ao cabo fechámos o rumo 20/30º e sem necessidade rizar rondámos o cabo com a refrega a bater 23 Knts. A onda e o período eram mais curtos do que a previsão indicava e, curiosamente depois de passarmos o cabo o vento acentuou-se para 24/25knts. Colocámos o 1º rizo a pedido dos convidados e fizemos um bordo para terra, que não resultou porque nos empurrava para o cabo. O vento ameaçava rodar para N mas voltava a NE. Voltámos de novo e rumámos ao Raso. Pouco depois o vento caiu para 15 Knts e recuperados da salada de atum e do tintol ao almoço, voltámos a içar todo o pano. Andámos aproveitando os bordos ao vento fraco, até que tomámos o enfiamento da barra de Lisboa após o Cachopo de Sul Ow a R047 para logo de seguida recolher pano e preparar a entrada na marina de Oeiras. Fomos recebidos pelo nosso associado Alberto e pelo seu filho, que logo nos acenaram da muralha. E pronto, para o ano haverá mais Pascoa.