Regresso às Lides: a APM10 no feminino

Regresso às lides que é como quem diz, regresso ao mar. Depois de um inverno em que a chuva marcou forte presença, o bom tempo regressou e com ele a vontade de ir para o mar e desfrutar em pleno o sol e a brisa marítima.

Foi assim que no passado fim-de-semana, tanto no sábado como no domingo, 14 associados e amigos embarcaram no WILMA. Como vem sendo habitual, o elemento feminino da APM10 vem primando por uma presença muito assídua. Convirá referirmos os seus nomes para que se conste: a Alexandra Alves, insigne médica e globe trotter assumida, que já esteve em toda a parte do mundo e onde ainda não esteve está a pensar em ir, e a Lucília Luís, eminente engenheira, uma mulher como há poucos homens, firme e determinada, sem nunca desmerecer a sua feminilidade, que trata o plotter por tu e que lhe troca as voltas sempre que esta peça de equipamento se engasga… (clique Leia mais ... para ver o artigo completo)

Pois é: elas vão ao leme, sobem e descem velas, pôem e tiram defensas, organizam e cozinham, preparam petiscos, dão aulas de ciências naturais, biologia, geografia, artes de marinharia, português, etc., etc. São assim as mulheres na APM10… Os homens que se cuidem porque qualquer dia passam todos a grumetes de 3ª categoria, sem direito a saírem do porão e com ração reduzida…

Se no domingo o vento emigrou lá para os lados do Cabo Raso e de lá não quis sair, já no sábado da parte da tarde (Windguru dixit…), depois de um belo almoço de convívio junto à Baia de Cascais, em que se falou de viagens desde Machu Pichu, a safaris de balão no Quénia, grandes mergulhos nas Filipinas, a presença portuguesa em Malaca (grandes viajantes são os associados da Meridiano 10…), o vento começou a subir de intensidade como, aliás, o intenso manto de nuvens sobre a Serra de Sintra fazia prever.

De repente, o vento começou a soprar até atingir rajadas de 24 nós, o WILMA a inclinar como nos dias de grande temporal e a bater os 7,5 nós. De tal forma foi que, para aproveitar tão extraordinárias condições de vento, decidimos prolongar o bordo até Paço de Arcos, tal a excitação que se tinha instalado a bordo.

Mas não se pense que no domingo não obstante não haver praticamente vento, com excepção junto ao Cabo Raso, não foi igualmente proveitoso: sob a batuta do Mestre Joaquim Achando, navegámos à popa arrasada, com a vela grande para um lado e a genoa para outro (navegação à borboleta). Com 5 nós de vento verdadeiro chegámos a atingir a esfusiante velocidade de 2 nós. Gozem, gozem, mas digo-vos que foi um verdadeiro exercício de concentração e paciência. Porque, como diz o Mestre Joaquim Achando, com vento todos andam, mas sem vento só alguns…Por isso, não se diga que não há vento para ir para o mar, o que é preciso é agarrar o vento.

Também ficámos a saber que o nosso eminente, sabedor, e mui amado Tesoureiro, de seu nome Tiago Lousada, tem uma queda natural para a cozinha. Ficámos com a certeza de que o WILMA terá a muito curto prazo um Chef de renome. Pelo menos, o bife e o “Arroz à Tiago Lousada”, pareceu não desmerecer de qualquer restaurante que se preze. O Frederico que o diga, que mesmo enjoado comeu como gente grande…

E foi assim o passado fim-de-semana. E melhores dias estão para vir. A Primavera está a chegar… Vistam os fatos de banho que o mar chama-vos…