Velejada ao sol numa tarde de verão, Festa na Marina de Albufeira

Depois de um sono reparador de todos os elementos da tripulação e de esquecido o percalço à chegada à Marina de Albufeira, preparámo-nos para fechar com chave de ouro o programa das festas do cruzeiro ao Mar de Alboran Para a parte da tarde, com início previsto para as 15H00, está agendada pela organização uma regata entre a Marina de Albufeira e a Marina de Vilamoura, e volta. À noite haverá um jantar de confraternização entre todos os tripulantes, mais de uma centena, num dos restaurantes da Marina, abrilhantado pela presença do Presidente da Câmara de Albufeira, a que se seguirá um “night life” na (clique Leia mais ... para ver o artigo completo) boite Capitulo V em Albufeira. A coisa prometia.

Embora atrasada relativamente ao inicialmente previsto, e por motivos profissionais, a Tuxa tinha, entretanto, já iniciado o regresso por comboio a Lisboa, enquanto a Zita Gonçalves e a Zenaida Faria tomavam a tarde para irem às compras e ao cabeleireiro. Era o merecido repouso de umas verdadeiras “lobas do mar”.

Para a regata à tripulação do ANNE juntou-se o Tiago Lousada e a respectiva esposa, o Guilherme Faria, que se veio a revelar “uma contratação” de última hora de real valia, qual arma secreta, para o sucesso obtido na regata, e dois amigos deste, um dos quais de nacionalidade eslovena a fazer o Erasmus em Portugal, e que pela primeira vez na sua vida experimentou a excitante sensação de navegar à vela. E logo numa regata.

À hora prevista e sob um sol de verão radioso, mar chão, e um vento na ordem dos 10 – 15 nós, que ora soprava de terra, ora do mar, condições verdadeiramente ímpares para uma regata de veleiros, foi dado o sinal de largado e as 22 embarcações presentes lançaram-se à disputa das melhores classificações.

Com a excitação estampada no rosto de todos os elementos da tripulação e com o Guilherme Faria ao leme, o ANNE cruzou a linha de largada em terceiro lugar, a curta distância dos 2 primeiros, o OBBI e o ATRIUM.

A meio da regata, por entre rajadas à volta dos 15 nós que faziam adornar a embarcação e ausências repentinas de vento, o ANNE alcança o primeiro lugar. Verdadeiramente hilariante. A excitação era grande a bordo. Um resultado de relevo para a tripulação do ANNE estava à vista na primeira vez que participava com esta embarcação numa regata.

No entanto, à rodagem da bóia junto ao molhe sul de Vilamoura fomos ultrapassados por outras embarcações, tendo o ANNE rondado em 4º lugar. Até à linha de chegada foi o tudo por tudo para alcançar a melhor posição possível. Foi ultrapassado o LUSITO, nosso companheiro na perna do dia anterior entre Cadiz e a Marina de Albufeira, e ocupamos a 3ª posição.

Entretanto, todo o resto da frota espraiava-se cada vez mais para trás do ANNE. Uma visão inolvidável, numa tarde de eleição A linha de chegada aproximava-se rapidamente. A dúvida instalava-se: será que a linha de chegada é entre a bóia e o barco do júri, ou entre a bóia e a embarcação de recreio, fundeada para o lado de bombordo do ANNE? Optámos pela 2ª hipótese, uma vez que as embarcações que cortaram à nossa frente, aparentemente, tinham cortado a linha de chegada por esse lado.

Errado. Houve que fazer uma rápida mudança de bordo para desta vez cortar a linha de chegada bem à frente da demais concorrência. Primeiro DUFOUR, terceiro lugar em tempo real,. quarto lugar em tempo corrigido. Enorme satisfação a bordo. Sensação de dever cumprido. Magnifica recompensa pelo duro dia anterior.

Razão também de satisfação para a DESCOBREVENTOS, patrocinadora do evento, que vê uma das suas embarcações ocupar uma posição cimeira entre nada menos que 22 veleiros presentes à largada da regata de encerramento do Cruzeiro ao Mar de Alboran.

Seguiu-se o jantar de entrega dos prémios, com muita alegria, animação e reboliço à mistura, tendo a tripulação do ANNE recebido o prémio correspondente ao melhor DUFOUR em prova. Uma pintura de casco, que reverte a favor do WILMA, no valor de € 1.000,00. Nada mau.

Concluído o jantar todos os participantes dirigiram-se para a boite Capitulo V, em Albufeira, expressamente alugada para o efeito. Localização excepcional sobre a praia. Um fim à altura do final de uma grande viagem.

Até à próxima, Eduardo Faria (Associado apm10)